25 de agosto de 2005

Some Things Never Change_ Supertramp

Olho para a capa do álbum e sinto "filosofia".

Imagem do casal: estão sentados ao redor de uma pequena mesa, eles tomam chá, o lugar é o solo da Lua, cubos de açúcar e um livro aberto gravitam. Em outra imagem o homem segura o livro aberto e parece lê-lo em voz alta enquanto ela bebe o chá e o escuta. Uma imagem do relógio do Sol, um jogo de xadrez perdido no espaço onde as casas pretas são formadas pela escuridão do infinito e uma chaleira de bronze, a deixar um rastro de vapor etéreo no universo, constituem as imagens. Sugere, ainda que de forma surreal, o título do álbum em forma de contradição: algumas coisas nunca mudam.

O que muda naquilo que permanece? O que permanece naquilo que muda?
Nunca vou cansar de me perguntar isto.

A diferença não está no que fazem mas onde estão. A diferença não está no que vivem empiricamente em solo lunar, porém no ponto de vista pelo qual observam o Universo, a própria Vida. É a perspectiva a possibilitar a mudança naquilo que permanece ou apenas a fornecer a permanência naquilo que muda?

Anna, A Lua & o Relógio do Sol_ por que a Lua mente? Talvez por desejar colocar palavras a 'gravitar' onde a perspectiva desse querer só concede seu lugar para quem incessantemente continua "trilhando o caminho de volta para casa".